Você sabia que mais de 20% dos pacientes com estômago reduzido voltam à obesidade?
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília concluiu que dos 80 pacientes operados há mais de dois anos, 23% ganhou peso acima do esperado.
As reoperações para redução de estômago e as complicações que a segunda operação pode causar estão preocupando os especialistas. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília concluiu que dos 80 pacientes operados há mais de dois anos, 23% ganhou peso acima do esperado. Dados analisados na Universidade Federal do Alagoas também chegaram a conclusões preocupantes. Das 64 pessoas que passaram pelo procedimento, 28% voltaram à obesidade após cinco anos.
A previsão é de que 10% dos pacientes operados recuperem 10% do peso perdido, mas, com ganho excessivo de peso, muitos deles recebem indicações para a segunda cirurgia. Nesses casos, a probabilidade de complicações pós-cirúrgicas aumentam.
Um dos principais problemas após a redução é a fístula, rompimento dos grampos usados no procedimento. Na primeira cirurgia o risco de ocorrer a complicação é de 1%, crescendo para 13% após a segunda. O ganho de peso se deve à falta de adequação do indivíduo à nova rotina alimentar, com dieta equilibrada, e à prática de exercícios físicos. Outro fator perigoso à saúde é a falta de vitaminas recorrente em pessoas obesas, podendo causar anemia grave e aumentar a probabilidade de danos cardíacos e neurológicos.